segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A tragédia em Mariana (MG) A amargura que flui no Rio doce

La pelo dia 5 de novembro
Uma quinta comum como as demais
Que nesse nosso tempo presente
foi dos maiores crimes ambientais
E uma tragédia humana sem precedente
Para o estado de Minas Gerais

Entre Desabrigados e mortos
Existem outros desaparecidos
A tragédia não teve causas naturais
Os responsáveis são bem conhecidos
Os donos da barragem que ali se rompera
Ainda fingem-se de desentendidos

Ver o rio doce em sangue vivo
Suas águas transparecendo morte
Despedaça qualquer um coração
Emociona, não a quem suporte.
Só mesmo um milagre de Deus
Pra mudar essa sena tão forte

Governador Valadares padecendo
Mariana manchada pela lama
Muita gente sem teto ou sem água
Tanta vós que por um auxilio clama
E o governo por enquanto inerte
Enquanto tanta lagrima se derrama

Se for falha, quem que fiscalizou?
E agora o que se vai fazer?
Não a dinheiro no mundo que pague
O preço de uma cidade morrer
Não existe avanço que consegui
Fazer de cara um rio reviver

Vemos morte, descaso desespero.
Ao lado de total incompetência
A natureza ferida gravemente
Recebeu tão terrível violência
E ao povo que nada teve culpa
Só restou o sentimento de impotência

Que o país não seja tão negligente
E o governo represente seu papel
Esqueça um pouco suas intrigas
Pare de achar que está no céu
Olhe quem realmente precisa
Deixe um pouco esse teatro cruel

O povo lá de Bento Rodrigues
Como vai receber a restituição
A Samarco mesmo indenizando
Se bagar a cifra de um bilhão
Não comprara de volta a dignidade
Tirada daquela população

Nenhum preso por esse atentado
E o governo ainda dá desconto
Caso paguem a multa rapidamente
Estará tudo certo e pronto
Enquanto o governo fala da França
Pensando que o povo daqui é tonto

As espécies ali eliminadas
A água cheia de metais pesados
Um dos mais belos rios do mundo
Foi para a lista dos envenenados
Depois da falha na fiscalização
A o temor do mesmo em outros estados

Foram terríveis os atos banais
Atentados cruéis do ISIS
Ficaram aquelas senas grotescas
Na memória de todos de Paris
Porem aqui também tem catástrofe
Que seu fim só o tempo é quem diz

É chocante ver que parlamentares
Que irão julgar a fatalidade
Receberam dinheiro da responsável
E assim já sabemos na verdade
Qual será no final o resultado
No país que reina a impunidade

Até a França sensibilizou-se
Com tragédia ocorrida no nosso Brasil
Pois a dor e as senas de desespero
Na tv muito que repercutiu
Só espero que um desejo de ajudar
Brote em cada um que assistiu

Cientistas dizem que a devastação
É impossível de remediar
Que o rio que deu nome a seu algoz
Jamais ira se recuperar
Que  a vida que brotara das águas
Nunca mais novamente ira brotar

Com aperto no peito que se vê
Outra dolorosa situação
O governo da própria Cidade
Suspendendo de receber doação
Dizem que a falta de espaço
Justifica essa triste ação

A quem crê ore então por Mariana
Por Paris, também por nossa nação.
Pois só Deus para ter misericórdia
Precisamos de muita oração
E também que gente que ama o próximo
Se mobilize e entre em ação

Quem perdeu tudo é que sabe
A dor de sentir-se impotente
Quem tem meios pra ajudar ao próximo
Tem a chance de agir diferente
De tentar fazer o bem ao irmão
Esse que será grato eternamente



(Wilton Silva)






sábado, 14 de novembro de 2015

VII SARAU DE POESIA DA EEF ANTONIO PAES DE ANDRADE

A EEF Antonio Paes de Andrade, Colégio municipal tradicional da Minha Farias Brito, graças ao empenho de seu corpo de funcionários,  veio nesse dia 13 de Novembro de 2015 a realizar o seu VII Sarau de Poesias. Evento que já rendeu homenagens a poetas ilustres como Patativa do Assaré, Cecilia e Cora Coralina entre outros, esse ano inovou trazendo ao publico apresentações e trabalhos de Artistas da terra; Cicero Jacó, Wilton Silva, João Frutuoso, Francis Gomes, Seu Valdez, Dona Vilani Soares, seu Miguel Nogueira e a Saudosa Tereza de Lisieux, como sempre os alunos deram um show de interpretação cada poesia foi levada ao publico com muito empenho e carinho por parte de cada um dos pequenos artistas, foi uma experiência gratificante e muito enriquecedora.


Relembrar as origens é tesouro
Retornar para casa é sem igual
Essa gente que em meu natural
Reconheço que todos valem ouro
Ontem meu coração fez-se em estouro
De alegria por ser reconhecido
De poder com meu verso ter servido
Pra falar de minha Farias Brito
Lugar que hoje e sempre terei dito
Do privilegio de aqui ter nascido

Parabéns às cabeças do evento
Cada verso traduziu qualidade
Dos artistas dessa nossa cidade
Que ganharam seu reconhecimento
Também vimos crianças de talento
Cada uma delas um show a parte
Embelezaram ainda mais a arte
Transcendendo o que chamo de bonito
Os jovens de minha Faria Brito
Que carregaram o nosso estandarte

 (Wilton Silva)














segunda-feira, 12 de outubro de 2015

12 de Outubro Dia da Criança


Por enquanto se esqueça da tristeza
Deixe a crise de lado um momento
Não se importe com o seu orçamento
Nem com qualquer que seja a incerteza
Pare um pouco e com delicadeza

Rememore no seio da lembrança
Os momentos que só a mente alcança
O brincar, o sorrir a inocência.
Se permita essa experiência
Hoje é dia de voltar a ser criança


Olhe dentro de si e ira ver
O que a vida oculta mais não finda
A juventude que existe ainda
Esperando para transparecer
O menino não se deixa morrer
E espera cheio de esperança
Te acompanha enquanto o tempo avança
Na certeza que iram novamente
Divertir-se como antigamente
Hoje é dia de voltar a ser criança


É triste ver pequenos almejarem
A fase adulta com tanta insistência
Se soubessem da triste consequência
O melhor da vida desperdiçarem 
E depois quando se depararem
Com a fase adulta que se lança
Sentiram que perderam a bonança
Do crescer um pouquinho a cada dia.
Pela pureza que a infância irradia
Hoje é dia de voltar a ser criança

(...)
Wilton Silva

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Quem conta um conto..

UM CLIENTE INSATISFEITO

Numa pequena cidade do interior do Nordeste, daquelas cidades onde na mesma placa que se escreve seja bem vindo já se apresenta de forma calorosa um volte sempre, inusitadas situações, seja uma festa cheia de melindres para inauguração de um orelhão e um quebra molas, ou mesmo os tão corriqueiros conflitos políticos entre situação e oposição.
Um belo dia a obra que há algum tempo elevava os aminos da comunidade estava quase pronta, o novo cemitério para acalentar, os futuros defuntos já estava em vias de ser terminado. O cemitério antigo que há tempos recebia uma população fúnebre que só crescia, já não tinha mais como receber novos clientes, diziam as, mas línguas, que já se enterrava gente em pé por falta de espaço, houve até quem relatasse que um morador mandara enterrar sua sogra de cabeça para baixo.
Pôs se caso ela cavasse pra sair, segundo ele sairia no inferno.
Mas voltando aos fatos, correu a noticia de que o novo cemitério recém-criado seria inaugurado, no momento em que algum falecido sortudo “se é que isso existe “adentrasse aos portões da morte, esse ganharia além de tratamento fúnebre de luxo, roupas de primeira costura e uma avultosa soma em dinheiro no caso para os familiares”“.
Boca de litro, um bêbado inveterado residente na cidade disse consigo mesmo, serei eu o cara de sorte como não tenho família o dinheiro será enterrado comigo depois saio fora e adeus pindaíba, e assim foi encucando essa ideia, à medida que os dias foram passando e a obra fora enfim terminada.
Foi então dado o anuncio na radio difusora local o novo cemitério estava pronto para receber o seu ilustre primeiro residente, nesse meio tempo a cidade ficou na expectativa, quem seria o sortudo sem sorte que iria inaugurar aquela grandiosa obra publica. Boca de litro não esperou duas vezes, e assim deu-se o primeiro caso de overdose de fubuia, jamais registrado nos anais da medicina forense. O médico da cidade foi chamado, mas em meio a tantos pacientes, deu o veredicto “como costumeiramente se faz” sem nem olhar o defunto apenas pelo aparente cheiro de carniça que o oneroso presunto apresentava:
-Está morto e pelo cheiro há tempos, tratem de enterrá-lo.
Dessa forma tocaram o sino da igreja anunciando a funesta situação, a qual o povo não sabia se se entristecia ou se comemorava afinal em cidade pequena qualquer novidade são bem vindos, muitos que nem conheciam o famigerado boca foram ver de perto quem seria o sujeito que iria ter um enterro vip.
Boca nesse instante revelou-se um ator que até a globo almejaria, “claro que o quase coma alcoólico ajudou no disfarce” foi banhado, perfumado, barbeado, vestido com um terno chique e colocado e um belo caixão de mogno. Boca tinha uma facilidade latente para improvisar, afinal toda a sua vida foi na base do improviso e da enrolação, a saída bem sucedida daquela empreitada já era garantida em sua cabeça.
Todos em frente ao cemitério, os portões se abrem para a entrada do caixão, e lá vinham alguns vereadores disputando o carregamento do caixão como que a um troféu, varias pessoas riram da sena, mas logo os ânimos se acalmaram, e lá estava prefeito, vereadores, babões, padre, beatas, médico, e em resumo grande parte da comunidade além é claro do ator coadjuvante mente de toda história sobre falecidos o coveiro, corresponsável pela inauguração da obra que garantiria o futuro descanso de seus conterrâneos, o qual se orgulhava de já ter enterrado uma boa parcela da população local e nunca ter ouvido reclamação de nenhum cliente.
Lá se foi o prefeito discursando, e logo os vereadores também, começaram a misturar palavras difíceis que eles nem conheciam com anedotas e frases desconexas então o prefeito toma a palavra novamente:
-Como prometido, nosso querido partidário boca de litro, que nunca perdeu um comício, como primeiro e ilustre cidadão a fazer-se morto desde a construção do novo cemitério, local que tenho orgulho de dizer que representa o futuro de nossa gente, teve todo o seu tratamento de luxo como foi prometido, porem o dinheiro...
Boca já apreensivo ouvia atentamente cada palavra embora não entendesse quase nada, mas porem quando o prefeito disse:
-O dinheiro que seria pago a família do finado, como esse não a possui será gasto na festa de comemoração da inauguração, que muita bebida seja comprada em homenagem ao falecido, que tinha a cachaça como única família, agora pregue a tampa do caixão e metam lá na cova que há tempos está aberta.
Qual não foi a surpresa de todos em especial a do coveiro, quando o boca empurrou a tampa do caixão gritando:
-Se não vou ganhar o dinheiro, pois a primeira lapada de cana é minha.
Foi um Deus nos acuda, não ficou prefeito, beata, vereador, babão homem mulher, criança, teve gente que passou mal, no caso o médico, um paralitico que pulou o muro do cemitério na ânsia de fugir, o mudo que anos depois relatou essa história, recuperou a fala nesse assombroso dia.

O que se deu com o cemitério virgem de mortos e o seu primeiro e insatisfeito cliente, foi algo, completamente inesperado, mas isso, bem isso, já é outra história.

Autor. Wilton Silva 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

proposta de diminuição da maioridade penal sera levada ao plenário


A porta de entrada a violência
está na certeza da impunidade
Independe assim da sociedade
combater a mais cruel delinquência
Ser maior no Brasil é exigência
pra pagar, para ir no tribunal
Se for menor no Brasil tem cabedal
pra matar e roubar sem punição
por isso se fara a votação
se reduz a maioridade penal

um código penal idoso
padecendo por falhas imorais
Num pais que os crimes mais brutais
são tratados como algo desculposo
É preciso ser muito corajoso
nesse nosso pais do carnaval
pra viver sem temer o marginal
protegido pela constituição
Por isso se fara a votação
se reduz a maioridade penal

Do outro lado o sistema carcerário
Defasado lotado e deprimente
pegara muito jovem delinquente
pra transformar em um novíssimo salafrário
a cadeia é novo itinerário
é curso de crime em tempo integral
o novato terá segundo grau
em sequestro assalto e extorsão
Por isso se fara a votação
se reduz a maioridade penal

O abandono por nossos governantes
e também a falta de compromisso
com o jovem pobre mas não submisso
em detrimento a temas irrelevantes
tantos jovens pobres vivendo errantes
Esquecidos jogados no sinal
Um problema de ordem social
que o governo vê, mais sem atenção
Por isso se fara a votação
se reduz a maioridade penal

Tantos prós e contras apontados
caberá ao congresso decidir
Se é melhor enfim diminuir
para os crimes talvez serem sanados
ou deixar os menores amparados
com a proteção constitucional
saberemos o desfecho final
Desse tema de grande comoção
Quando enfim fizerem a votação

se reduz a maioridade penal

(Wilton Silva)

Enem 2015... termino das Inscrições


O Enem esse ano está bombando
a começar pra valer pelo seu custo
quem esperava 32 teve um susto
com o valor que o INEP está cobrando
63 enfim pra reajustando
com a alta do juro e correção
outra bomba é a própria inscrição
que traz multa ao aluno desistente
quem no dia não estiver presente
perdera no outro ano a isenção

A lembrar que o fies se findou
pelo menos em sua maior parte
A promessa impressa em fina arte
Da campanha agora acabou
Muito da verba o governo cortou
O acesso a matricula restringiu
Essa e outras do povo omitiu.
o governo da pátria educadora
que destrói de forma desoladora
a alcunha de pátria mãe gentil

Federias já de greve estão ornadas
e o governo de nada se importa
a esperança pelo visto está morta
a ver as greves como são debeladas
as pessoas são marginalizadas
são tratadas como os animais
enquanto os verdadeiros marginais
achacados na nossa capital
vendo o povo cada dia mais mau
porem pra isso já nem ligam mais

hoje 5 findam-se as inscrições
aos jovens aproveitem a chance
aproveitem a oportunidade ao alcance
O realizar de futuras pretensões
se o hoje nos causa frustrações
deteremos o mau diariamente
o primeiro passo é que se tente
se quisermos mudar essa nação
tem que ser através da educação
embora não pense assim a presidente

(Wilton Silva)