terça-feira, 24 de maio de 2011

23/05/2011 DEBATE NA URCA


Vou falar de um suposto debate
Que ontem à noite eu assisti
Na universidade regional do cariri
Lugar que ocorreu o tal combate
Eu diria terminou em empate
A disputa entre os futuros reitores
Esses que pareciam lutadores
Esquivando e atacando toda hora
Não narro só da boca para fora
Foi terrível, senhoras e senhores

Fui lá pensando ouvir propostas
Ver dos três, quem melhor as continha.
Em vez disso assisti foi uma rinha.
Gente se apunhalando pelas costas
Mas parecia um palco de apostas
Fora, as vaias de gente indelicada
Falou-se tudo e ouviu-se nada
E enquanto a educação caiu por terra
Eu pude ver que o resultado dessa guerra
Será a gente, a parte mais prejudicada.

Falou-se na falta de professores
Nos problemas da instituição
Em casos banais de corrupção
E em atos até constrangedores
Essas coisas, que nós os sofredores.
 Já estamos carecas de saber
Queríamos ouvir, alguém dizer.
Como ira remediar de verdade
Os problemas da universidade
Com compromisso, sem apenas prometer.

Realmente se o passado condena
O futuro poderia absolver?
Por que não falar do que vai fazer?
Falar do que se foi é uma pena
Torso com fé para quem entrar em sena
Não repita os erros anteriores
Seja pra nós o mais nobre dos Reitores
Um real líder para nossa academia
Tenho fé que isso ocorrera um dia
Espero o mesmo das senhoras e senhores

Então amigos aqui eu me retrato
Posiciono-me em defesa da verdade
Meu é voto pela universidade
Não sou partidário de nenhum candidato
Só protesto por que me oponho ao fato
Do estudante não ter quem o represente
Espero que o líder que vira a frente
Seja escolhido pelo eleitorado
E não imposto pelo governo do estado
Sendo o justo escolhido pela gente.

sábado, 7 de maio de 2011

Cordel de Pedro Paulino sobre Bin Laden


 
MORTE E TESTAMENTO DE 
OSAMA BIN LADEN
Pedro Paulo Paulino

Neste dia dois de maio,
Logo quando amanheceu,
A notícia estava solta,
O planeta estremeceu,
No rádio e televisão
Corria essa informação:
Que Bin Landen já morreu.

A notícia dava conta
Que o famoso terrorista,
De quem os americanos
Há muito andavam na pista,
Foi executado então
No distante Paquistão,
O refúgio do extremista.

Seu retrato, na internet,
Para o mundo foi mostrado.
Bin Laden mais velho e morto,
O seu rosto ensanguentado.
Segundo corre a notícia,
Ele foi pela milícia
Com um tiro fuzilado.

A milícia americana,
Que depois de o executar,
Não encontrou neste mundo
Quem o quisesse enterrar.
Por falta de cemitério,
Adotaram o critério
De jogá-lo em alto-mar.

O fato causou impacto.
A notícia, num segundo,
Provocou tremendo abalo
E um alvoroço profundo,
Como se os americanos
Acabassem, com seus planos,
Todo o mal que tem no mundo.

Até João Paulo II
Que foi beatificado
- Esse fato, nos jornais,
Ficou meio deslocado…
Do casamento real,
Não mais se fala, afinal,
O Osama é mais cotado.

Lá nos Estados Unidos
O povo comemorou,
Como sendo o maior feito
Que seu país conquistou.
Porém, nesse panorama,
Terá sido mesmo Osama
Que morto no chão tombou?

Essa pergunta intrigante
É feita por muita gente:
Por que pegar o defunto
E dar fim tão de repente?
Depois que correu a nova,
Por que não pegar a prova
E mostrar mundialmente?

O retrato de Bin Laden,
Que na mídia foi mostrado,
Pelo jeito, não convence,
Pois a cara do finado
Parece doutra pessoa
Ou mesmo um defunto à toa
Há muito tempo enterrado.

Eu mesmo fico na minha.
Já vi até um maluco
Dizer que Osama Bin Laden
(Ele diz, eu não retruco)
Não morreu nem foi embora,
Lá em Petrolândia mora,
Cidade de Pernambuco.

Eu não quero entrar no mérito
Dessa questão, no momento.
Mas, de tanto ouvir falar
Em tal acontecimento,
Sonhei enquanto dormia
Que Bin Laden então morria
E deixava um testamento.

Era um sonho muito claro
E eu vi com perfeição
O testamento que Osama
Escreveu de própria mão
Num caderno bem guardado,
E noutro caderno, ao lado,
Se encontrava a tradução:

“O que tenho pra dexar
Para toda a humanidade
É ódio, ira e rancor,
Destruição e maldade,
Muita guerra e assassínio,
Desunião, morticínio,
Tragédia e barbaridade.

Deixo o mundo fabricando
Bomba de destruição,
Mais gente igualmente a mim
Que sabe usar avião,
Sofisticado transporte,
Somente pra causar morte
Mantando de multidão!

Deixo os Estados Unidos
Agirem bem à vontade,
Assaltando o mundo inteiro
Sem ter dó nem piedade;
Deixo esse país injusto
Se apossando a todo o custo
Do resto da humanidade…

Deixo o Oriente Médio
Caindo sempre no abismo,
Mergulhado brutalmente
No seu Fundamentalismo.
A Europa, eu deixo inteira
Consumida na fogueira
Do seu vil Capitalismo.

Pra meu colega Kadafi
Eu vou deixar reunidos
Os meus planos traiçoeiros
E bastante esclarecidos,
Pra num momento feliz
Saber fazer como eu fiz
Contra os Estados Unidos.

Eu deixo o Barack Obama
Fazendo como acontece,
Ou seja, o que Bush fez,
Que o mundo inteiro padece,
Principalmente o Iraque,
Pois de Bush pra Barack
A vingança permanece.

Para o mundo inteiro eu deixo
Meu precioso arsenal,
Muitas armas poderosas
Pra, numa guerra global,
Os povos beligerantes
Extinguirem, em instantes,
A humanidade em geral.

Eu deixo a poluição
Em todo o meio ambiente
Tomando conta da terra
Causando incêndio e enchente;
O mundo sem paciência
Aumentando a violência
E gente matando gente.

Brigando pelo petróleo
Vou deixar o mundo inteiro,
Banhado sempre de sangue
E menos hospitaleiro.
E deixo em cima da terra,
Da fatal terceira guerra
Bem começado o roteiro.

Ao Brasil, onde eu passei,
Eu deixo o povo mais rude
Sem amparo e educação,
Sem trabalho e sem saúde;
Pior do que no Iraque,
Deixo o tráfico do crack
Destruindo a juventude.

Do mundo que me despeço
Só levo um prazer profundo.
Estão todos enganados:
Eu fui mesmo vagabundo,
Terrorista e muito ruim,
Mas não é me dando fim,
Que dão fim ao Mal no mundo.”