sábado, 7 de setembro de 2013

7 de Setembro

Independência é algo abstrato
Num país onde reina a prepotência
Onde a mais completa incompetência
Apresenta-se em carta de contrato
Independente era quem tem no seu prato
Alimento sadio e abundante
Era ter estudo não ser ignorante
Não possuir os grilhões da burguesia
Independentes seremos nós um dia
Quando o grito chegar aos governantes.

Vejo leis de um país independente
Que parecem com mais uma piada
Uma constituição violada
E uma elite intransigente
Vejo um serviço publico ausente
Quanto a temas vitais como a saúde
E vejo que tomar uma atitude
E grita ao mundo em plenos pulmões
É punido com cruéis repressões
 Pois não querem que isso tudo mude.

Foi dito independência ou morte
Essa frase é comum o que é mal
O fim dela no SUS é bem normal
Mesmo em hospitais de grande porte
Pois nesses pais de sul a norte
Só o que vemos é a negligencia
Penso até que a real independência
É ter uma saúde de qualidade
E não está na total precariedade
De morrer por falta de emergência

Independência é uma corporação
Que rejeita uma ajuda humanitária
É ter uma saúde tão precária
E mesmo assim rejeitar mais uma mão?
Independência é estar na prisão
E conservar o cargo no parlamento?
Independência é um sigilo nojento
Que protege “contáveis marginais”
Rotativos em postos estatais
E lhes dando sempre que podem aumento?

Hospitais padrão FIFA, muito bem.
Espera, isso não esta no plano!
Independe de nós se nesse ano
Quem está vale menos que quem vem
Independência amigos é também
Ter os maiores índices de dependência?
É não ter contra isso competência?
Ter drogas presentes em toda a parte?
Num país onde futebol é arte
Prevenção deve ser uma ciência.

Amarildo tu é independente?
A resposta jamais sei, que terei
Num Brasil que já não tem mais um rei
Hoje se tem um reinado diferente
Uma elite oligárquica crescente
Que coage controla e contamina
Que usando das leis as quais domina
Põe a baixo os escravos do sistema
Se quiser saber mais sobre esse tema
Basa olhar para o mendigo em cada esquina

Independente seria andar pela cidade
Sem ter os seus pertences violados
Seria saber que os maus intencionados
Receberam punição de verdade
Seria saber que não vai ser a idade
Que dará o aval ao criminoso
Independente seria estar em pleno gozo
Se souber que a justiça é correta
Que essa baseia na simples meta
Se um senso de igualdade rigoroso

Ao jovem negro, ou favelado.
O que seria ser independente?
Seria ser tachado de delinquente?
Ou pela cor ser marginalizado
Independente seria ser colocado
 Em uma concorrência desleal?
Ou ser um trabalhador informal
Enxotado por não pagar imposto
Independente é não poder cobrir o rosto
Pois isso “é coisa de marginal”

Independente com empresa golpista
Que controla distorce e reinventa?
Independência é seguir em marcha lenta
Ante uma bancada dogmática e sinistra?
Independência é ter tanta obra a vista
Tantos estádios e luxos colossais
Enquanto o nordeste perde os seus animais
Por uma seca de enorme proporção
Independência seria a transposição
Se eles não tivessem afazeres mais legais

Independentes seriam os professores?
Construtores das mentes do futuro
Que vivem um sufoco muito duro
Só eles que sabem as suas dores
A maioria dos educadores
Sobrevivem de um trabalho Incessante
Com ordenado pouco gratificante.
Só o professor pode plantar a semente
De um futuro país independente
E se lê isso sabe o quanto ele é importante


Os heróis excluídos ninguém viu
Os migrantes soldados da borracha
Os candangos que na sua marcha
Construíram Brasília e Brasil
Chico Mendes que à pátria mãe gentil
Deu o sangue a alma e sua vida
Cada herói que está na sua lida
Trabalhando e lutando arduamente
Para ver enfim futuramente
A independência tão merecida.



(Wilton Silva)


terça-feira, 23 de julho de 2013

Morre uma Estrela

Morre mais um bocadinho
Da musica de verdade
Da poesia mais pura
Transcrita em oralidade
Vai em Paz ó Dominguinhos
Vi deixar muita saudade

72 anos de luta
De forro e de Baião
De estilos mais diversos
De tanta composição
Sempre tendo a sanfona
Por sua inspiração

Cabra lá de Garanhuns
aos 16 Abençoado
dito pelo próprio rei
pra levar o seu legado
e com essa honraria
não se fez-se de rogado

O tom Jobim do sertão
Incrível compositor
Mostrou a MPB
A sanfona o seu valor
E chegando de mansinho
De Grammy foi ganhador

E o filho de Chicão
Hoje fez a despedida
Foi tocar no paraíso
Sua valsa merecida
Abraçou a eternidade
dando adeus a essa vida

Sei que lutou bastante
Batalhou tão bravamente
Também sei que o seu legado
Nunca vai estar ausente
Foi um filho tão ilustre
De um nordeste carente

Artista de repertorio
Sanfona internacional
Agora esta tocando
Num palco celestial
De lembrança ao mestre lula
Que a saudade é sem igual.


sábado, 22 de junho de 2013

Vandalismo



Vandalismo é pauta comentada
De gritante e pungente comoção
É por vezes crime ao patrimônio
É turba, é ruim depredação.
Mas no Brasil o vandalismo é ao extremo
Pois vandalizaram uma nação

Vandalismo é morrer frente ao hospital
Numa fila sem fim do nosso SUS
É pegar condução de animal
Pois essa ao trabalho nos conduz
É orar para não passar mal
Pois aqui só se apegando a Jesus

Vandalismo é essa cura gay
Proposta por mais um alienado
É esquecer-se da palavra laico
Que é uma das bases do estado
É ter uma bancada no presidio
Cada um por um crime acusado

Vandalismo é a impunidade
Que Faz de Brasília uma meretriz
São ladrões condenados governando
Cada um com semblante tão feliz
Bem distantes do povo brasileiro
Que a muito sofreu e nada diz

Vandalismo é toda a violência
Tanto crime que termina em nada
É essa justiça protecionista
Que para o pobre é aleijada
É ver gente matando um País
Sem estar nem ao menos preocupada

Vandalismo é uma educação
Ser tratada como ultima instancia
É ver números substituírem
Um compromisso sério com a infância
Vandalismo é sustentar um governo
Encima da completa ignorância.

Vandalismo é reduzir o salario
Do professor (que já é pouco dinheiro)
E querer dar festa a moda romana
Como foi feito aqui em Juazeiro
É ser preso com dinheiro suspeito
Quando vai viajar ao estrangeiro

Vandalismo é o fim que foi dado
As nossas esperanças em vocês
É a tal da lei da ficha limpa
Ser apenas uma de tantas leis
Que arrastam pra baixo do tapete
E assim se safam mais uma vez

Vandalismo é nossa infraestrutura
São as nossas estradas federais
Tem buracos, ou melhor, crateras.
Piores que as nossas carroçais
Deve ser pra combinar com o transporte
Nesse quesito, ambas são iguais.

Vandalismo foi à transposição
Que não sei se um dia vai haver
Grande parte da obra está ruída
E o Nordeste ainda a perecer
Mais de 8 bilhões já foram gastos
E infelizmente muito mais ira render

Vandalismo é a Pec. 37
Que promete algo do mais banal
Descarta o ministério publico
De gerir investigação criminal
Isso seria o sonho da quadrilha
Quer dizer do congresso federal

Vandalismo é o corporativismo
Batizado com um nome patético
Um cerco às profissões da saúde
Batizado em fim de Ato médico
Que vai supervalorizar um segmento
Desvalendo os demais “que antiético”

Vandalismo é Collor é Sarney
É Dirceu, Genuíno, é Calheiros.
são os ditos salvadores de povo
São tucanos Ladrões são mensaleiros
E são tantos outros da mesma linha
Que não merecem a alcunha. ”Brasileiros”

Vandalismo é a mídia golpista
Modelar a cabeça do povão
É mudar tudo aquilo que quiser
Até o foco de manifestação
Defender ditadura militar
E posar como amiga da nação.

Vandalismo é jogador milionário
Vir com discurso tão banal
Que Copa é feita com Estádio
E não é feita com Hospital
Ou outro pedir pra esquecer tudo
Pois o futebol é mais primordial.

Vandalismo é entorno dos estádios
Existirem mendigos e doentes
E enquanto se erguem as arenas
Sepultam-se pessoas inocentes
Que por não poderem pagar ingressos
Dessa copa serão indiferentes.

Vandalismo é tachar de criminoso
Que exercitou a cidadania
Quem saiu pra gritar aos quatro ventos
Que não aguenta isso nem mais um dia
Quem espancado agredido retalhado
Nem assim sua boca calaria.

sexta-feira, 8 de março de 2013

A TODAS AS MULHERES

Parabéns a todas as mulheres, pelas suas conquistas e a importância papel que desempenharam e "desempenham “ao longo de nossa história.
Parabéns por quebrarem paradigmas, mostrarem a verdadeira força de seus braços e seus corações, sem perderem a elegância.
Parabéns por hoje sepultarem aquele ditado "a traz de um grande homem existe uma grande mulher" afinal felizmente estamos caminhando no rumo de uma sociedade onde ambos caminham lado a lado.
E se caminhamos nesse rumo, devemos isso ao esforço grandioso daquele que por muito tempo foi chamado de sexo frágil, mas que a cada dia nos surpreende mais com a sua força.
fica também os parabéns a capacidade insuperável da mulher de sentir e transmitir, de cativas e de amar... Afinal já dizia um homem sábio não há presente maior na vida do homem, que o amor de uma mulher.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Inscrições abertas para Mostra de Poesias no Cairi




2° Mostra de Poesias Abril para a Leitura 2013 - Edição Pedro Bandeira

REGULAMENTO
O Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri convida todos os poetas e poetisas da Região do Cariri a participarem do processo seletivo de poemas para a 2° Mostra de Poesia Abril para a Leitura - Edição Pedro Bandeira.
O tema do concurso é livre, sendo aceitos todos os estilos poéticos. Poderão participar poetas residentes na Região do Cariri. Cada participante poderá enviar até dois poemas inéditos, em língua portuguesa, digitados, com fonte “Time New Roman”, tamanho nº 11, de no máximo 02 laudas, para o e-mail: abrilparaleitura2013@gmail.com até 10 de abril 2013. O trabalho deverá ser enviado, constando nome completo do autor; e título do poema, endereço completo, CEP; telefone para contato - indicar DDD; e-mail e um breve currículo do autor.
Os poemas (selecionados) serão publicados em um livro depois dos critérios de seleção, os poemas serão julgados por literatos reconhecidos da comunidade poética Caririense, cuja decisão será irrevogável e irrecorrível. Serão considerados na decisão: a correção da linguagem, a beleza das imagens poéticas e a originalidade com que o tema for tratado.
Serão selecionados os 30 melhores poemas, para publicação de 1000 livros. Esta edição não prevê pro labore para autores, porem todos os selecionados receberão 10 exemplares da publicação, os demais serão distribuídos gratuitamente para a sociedade, bibliotecas e estudantes; No dia 26 de Abril as 18h, haverá evento publico no Teatro do CCBNB, para lançamento do livro e recital dos contemplados.
Esse ano de 2013 a 2° Edição faz uma homenagem ao príncipe dos poetas Pedro Bandeira e sua indiscutível obra poética, atual e vibrante ate hoje, dono de um estilo regional e elegante, é considerado um dos mestres da poesia popular universal.
Pedimos a todos os participantes que ao enviarem poesias, que indiquem a disponibilidade de comparecer ao lançamento do livro no dia 26 de abril de 2013 as 18h00 no CCBNB Cariri ou o nome de um poeta que possa representá-lo. Outras informações pelo telefone (88) 35122855 com Ricardo Campos coordenador do programa literatura em revista e (88) 88016642 com André de Andrade, produtor do evento